Mais de dois meses se passaram desde que foi confirmado o primeiro caso de COVID-19 em Portugal. Um diagnóstico que foi o rastilho de uma mudança global. A voragem do tempo e das notícias, a adaptação a contra-relógio exigida ao Serviço Nacional de Saúde, a instalação de um Estado de Emergência nunca antes decretado no país e a mudança súbita das nossas rotinas e na forma como nos relacionamos, está a deixar marcas no que pressuponhamos ser como certo. A COVID-19 veio desafiar a ciência, alterar a prática de medicina, testar os sistemas de saúde e a todos exigir uma capacidade de resiliência mental, cujos efeitos ainda iremos entender. Perante uma fase mais madura da pandemia e da descompressão necessária para a reativação de uma vida em sociedade, levantam-se questões:
- De que forma a experiência dos últimos meses nos equipou para fazer face a uma possível segunda vaga?
- Quais as opções mais seguras e fiáveis que a ciência e a medicina nos podem dar até chegar a vacina?
- Como fica a saúde mental coletiva e pessoal, após desgaste provocado pelo confinamento, pela exaustão e pela incerteza?
Estes são os pontos de partida para uma reflexão virtual entre personalidades da ciência e da medicina, para identificar as marcas positivas e negativas da COVID-19 e melhor nos preparar para os tempos vindouros.
Pedro PintoModeradorSubdiretor de Informação da TVI |
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Dr. Miguel GuimarãesBastonário da Ordem dos Médicos. Especialista em Urologia pelo Hospital de São João. Co-Fundador da Associação Nacional de Jovens Médicos. |
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Dr. Tiago SantosPresidente da Sociedade Portuguesa para o Estudo da Saúde Mental. Psiquiatra no Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental do Centro Hospitalar do Baixo Vouga - Consulta de Perturbações do Comportamento Alimentar. |
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Prof. Doutor Pedro SimasVirologista e investigador principal do Instituto de Medicina Molecular (IMM) da Universidade de Lisboa. Professor na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. |